quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nova Comunidade: Música e Educação

Olá, amigos! Está criada mais uma comunidade direcionada a questões de educação musical, música e tudo mais pertinente a esse universo.
Participem!

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=103450776

O papel da Educação Musical na melhoria do ambiente sonoro


Os nossos sentidos são portas de entrada das sensações que provocam atitudes diante das situações que estamos expostos no dia a dia e em todo lugar. Embora a visão tenha lugar privilegiado no mundo atual, os sentidos da audição e do tato se sobrepõem quando o foco de atenção se dirige para o corpo diante do espaço sonoro.
É através das vibrações e da escuta que somos capazes de apreender os sons do meio ambiente em que vivemos, provocando respostas e mudanças em nosso corpo e em nosso pensamento.
Nos ambientes urbanos atualmente percebemos em nosso entorno uma grande massa densa de som a invadir nosso ser, fazendo com que muitas vezes nos tornemos insensíveis pelo excesso. O efeito low-fi a que estamos expostos acaba por anestesiar nossa sensibilidade, fazendo com que deixemos de perceber detalhes sonoros saudáveis ao nosso organismo.
Por outro lado, se pudéssemos permanecer em ambientes menos ruidosos, com uma massa sonora hi-fi, ou seja, menos densa, mais rarefeita, como nos espaços rurais ou de pequenas cidades, teríamos a possibilidade de desenvolvermos uma percepção mais aguçada, menos poluída, portanto mais saudável.
Os sons a nossa volta são em grande parte responsáveis pelo humor, pela destreza nas atitudes que exigem de nossos corpos respostas imediatas ou não, mas que dependem dessa percepção do ambiente no qual estamos inseridos.
Diante dessas considerações podemos chegar a algumas conclusões a respeito da qualidade de vida a partir dos estímulos sonoros. Entre outras, podemos perceber que o ser humano necessita do silêncio, elemento fundamental na compreensão dos sons, permeando-os, tornando-os mais leves, mais compreensíveis, arejando nossa mente, permitindo-nos melhor assimilação de toda manifestação sonora por meio dos sentidos. Nossa percepção pode ser melhor desenvolvida quando temos a possibilidade de saborearmos os sons, numa escuta de qualidade a partir de ambientes sonoros ricos em diversidade, harmônicos, promotores de uma percepção envolvendo o tato e a escuta, que trarão respostas lúcidas e criativas para o indivíduo.
Através de uma educação musical que contemple uma paisagem sonora hi-fi, com sonoridades estimulantes dos sentidos, sem o stress do excesso sonoro, pode-se chegar a um nível bem melhor de escuta e aproveitamento dos elementos sonoros – som e silêncio.
A música está presente e com grande peso na realidade de crianças, adolescentes e jovens, nas escolas, nas casas, no meio ambiente em geral, e eis que o papel da educação encontra-se em sugerir a filtragem de tudo o que ouvem para uma qualidade de vida superior a que tem sido observada. O educador pode e deve provocar nos estudantes o questionamento sobre o ambiente sonoro em que vivem, proporcionando a princípio algumas situações que os façam perceber a importância do silêncio, da harmonia dos sons, das sensações físicas que cada situação permite sentir. Experiências como sair para um ambiente natural, para uma área rural, onde eles possam vivenciar os elementos acima citados nos sons presentes desse lugar, aliados a propostas de reflexão sobre esse ambiente e os ambientes sonoros que os envolvem nas cidades recheadas com carros de som extremamente intenso, boates, shows e todo tipo de manifestação sonora típica do ambiente urbano. É interessante fazer com eles um paralelo entre essas duas realidades, fazendo-os analisar criticamente sobre elas a fim de obter deles as repostas sobre a qualidade de vida que almejam a partir do ambiente sonoro que cultivam.
O estímulo a escuta de músicas ricas em conteúdo melódico, harmônico, rítmico e literário, e que também correspondam ao que os alunos gostam de ouvir, é trabalho que deve ser realizado com criatividade e bom gosto. É um desafio para o educador e ao mesmo tempo uma grande contribuição, a médio e longo prazo, na transformação da paisagem sonora que a humanidade necessita para uma vida saudável, equilibrada e feliz.
Referência:
Tópicos em Educação, Cultura e Sociedade (unidade 4) - curso de Educação Musical - UFSCar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A flauta doce na educação

No último sábado, nós do curso de Educação Musical - UAB-UFSCar - tivemos a presença da educadora musical Ilza Joly que nos contemplou com grandes considerações a respeito da flauta doce e sua família (soprano, contralto, tenor e baixo) na educação. Visto por muitos como um "brinquedo", a flauta doce é um instrumento com grandes possibilidades para a educação musical desde que bem direcionado, observando-se a qualidade do instrumento e a forma de execução conforme literatura e indicações de especialistas no assunto.
Apresentando vasto e específico repertório, a flauta doce é uma bela e interessante proposta para quem deseja realizar atividades musicais não só com crianças e iniciantes, mas também possibilitando o aprimoramento técnico e a prática em grupo.
Para apreciação,selecionei os vídeos abaixo. Espero que gostem!



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Escolha dos widgets

Optei por inserir os seguintes widgets: enquete, buscando uma aproximação com o leitor; Inscrição, com o propósito de facilitar para quem deseja inscrever-se; e links de sites interessantes para partilhar um pouco do que tenho visto e utilizado como estudante e educadora.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O PAPEL DA INCLUSÃO DIGITAL NO PROCESSO EDUCATIVO

A inclusão digital hoje constitui-se num dos maiores temas de reflexão no mundo, visto ter se tornado uma necessidade básica a qualquer cidadão. Não é mais possível pensar em evolução, desenvolvimento, sem a participação do universo digital nas mais diversas areas do conhecimento humano. O que torna essencial que o acesso e utilização das ferramentas digitais esteja disponível a todos.
Porém antes mesmo que a inclusão digital possa ter andamento, uma outra inclusão muito mais urgente e antiga deve ser alvo de nossos esforços: a inclusão social. Sem ela não faz sentido lutar para que as pessoas tenham condições de ter um bom computador e acesso à internet, ou mesmo que estes sejam de uso comum, por meio dos programas do governo de livre acesso, se não se sabe como utilizar esses equipamentos com qualidade e mais ainda, quando nos deparamos com uma realidade na qual pessoas são praticamente analfabetas, com dificuldade de interpretar um texto em português (no caso do Brasil); o que fazer um cidadão com um computador conectado à rede de internet sem saber ler ou escrever, sem conseguir entender uma linguagem qualquer, ou ainda compreender a linguagem do mundo virtual, seus programas (a maioria em inglês)...?
Para quem teve a oportunidade de uma educação que contemplasse esses elementos acima citados, é perfeitamente aceitável pensar que as tecnologias digitais façam sentido. Mas, se considerarmos os dados estatísticos, que mostram que grande parte da população mundial não possui alfabetização, sem falar das necessidades vitais como alimentação, saúde, habitação, trabalho, que boa parcela do mundo não tem, então qual seria a importância da inclusão digital?
A meu ver, antes de qualquer tomada de decisão o ser humano necessita se conscientizar de que somos todos iguais e por isso temos os mesmos direitos e, a maior responsabilidade para que haja igualdade entre as pessoas está nas mãos de quem está com o poder, não só político, mas aqueles que detêm o conhecimento.
O papel do educador no processo de inclusão social e posteriormente inclusão digital é fundamental para que a transmissão do conhecimento seja efetiva, porém é necessária uma política pública que administre com muita seriedade e de forma equitativa todo tipo de necessidade básica do ser humano, direitos que não tem sido respeitados e por isso chegamos em pleno século XXI com tanta gente carente de tudo.
Além disso, o que vemos por todo lado são muitas pessoas, principalmente jovens, que utilizam a internet com grande facilidade, mas o campo de interesse não passa de entretenimento enquanto informações e formações valiosas do mundo digital ficam de lado.
Os programas de acesso à internet distribuídos em algumas regiões do país podem ser iniciativas interessantes que estimulem as pessoas a buscar conhecer coisas novas. Porém, com essa característica tão aberta, livre que se apresenta o universo digital, em que pode-se escolher o que quer ver, ler e ouvir leva muito à superficialidade e alienação com a falta de educação para a nova tecnologia.
Seria muito produtivo se a população assistida com esses programas tivessem antes educação e estímulo para que buscassem não só entretenimento, mas sim inúmeras formas de crescimento cognitivo, engajamento em grupos de estudo nas mais diversas linhas de interesse, auxílio profissional ou voltado para o desenvolvimento de habilidades e tantas outras fontes de informação que hoje a internet oferece com um alcance tão grande, inexistente em outro meio de comunicação.
Falar de inclusão digital sem um planejamento educacional para tal é promover mais exclusão, ressaltar mais diferenças e dificultar a vida de uma parcela imensa da população, privada dos benefícios que só através da educação pode-se chegar. Uma educação planejada e voltada para a formação do indivíduo como um todo, que possibilite ao indivíduo crescer física e intelectualmente, desenvolvendo sua capacidade crítica, sua autonomia, sua sensibilidade, com condições de discernir o que é bom do que é ruim para si e para os outros.
Uma educação assim é possível com a vontade política de nossos governantes, aliada a uma organização dos cidadãos que podem também intervir nas tomadas de decisão, cobrando, fazendo-se presentes nos momentos em que sua voz pode ser ouvida por eles, por uma sociedade onde haja justiça, solidariedade e igualdade, capacitando todos para uma inclusão social e digital.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Apresentação

Este é um espaço que tem por objetivo partilhar informações e reflexões sobre os temas Música, Educação e demais assuntos relacionados.
A Música, linguagem presente desde os primórdios da civilização humana; a Educação, delineando caminhos para o desenvolvimento das pessoas.
Música e Educação: instrumentos de transfomação e realização humana.